quarta-feira, 10 de março de 2010

ANALOGIA TURCA X LÔBISTA

Pelas leis de sucessão do império otomano, o herdeiro do trono não era o primogênito do sultão, mas o macho mais velho da família. Um sultão recém-entronado tinha o direito de mandar matar seus irmãos preteridos, para assegurar a paz do império. Isso sem falar na carnificina que havia na família antes da sucessão, com os mais moços querendo se transformar em mais velhos rapidamente e os mais velhos brigando pelas suas vidas e seus privilégios. Para diminuir a sangueira foi instituída a “kafes”, um prédio para o confinamento perpétuo dos herdeiros do trono, onde os irmãos e filhos do sultão passavam a vida esperando ou uma adaga nas costas ou o chamamento para assumir o poder. A “kafes” era cercada por altos muros, não tinha janelas para fora e seus ocupantes viviam na companhia de criados mudos, literalmente, e concubinas esterilizadas. Não sabiam nada do que se passava na rua e no mundo. Algo assim como Brasília. Mustafá 1, o primeiro sultão a sair da “kafes”, já saiu louco. Ibrahim, que passou 22 dos seus primeiros 24 anos confinados, revelou-se um monstro de perversidade. Suleiman II passou 45 anos na “kafes” e, quando foi proclamado sultão, não sabia mais falar.
Corta para o interior da “kafes”. Suleiman III, o sucessor natural do sultão chamado “O Prateado” devido à cor dos cabelos, acaba de saber que não ele mas Salim I será o escolhido. Rebela se. Há anos que se preparava para assumir o trono. “Tenho direitos adquiridos”, grita. Engano, sacudindo sua bolsa de moedas de ouro. “Eu adquiri os direitos.” O que Salim I não sabe é que mudaram as leis de sucessão do império. Vai haver uma prévia dentro do serralho e ele também receberá uma adaga metafórica pelas costas. Enquanto isto, fora dos muros da “kafes”, o império otomano encolhe. Assim está o “kafes” dos Lobos: O “Ibrahim” Protasio recebe as adagas pelas costas de “Salim” Martins que lhes passa a perna em cinco casas, “Suleiman” H, também recebe adagadas pelas costa de Ibrahim Protasio e de Salim Martins em dezenove casas e reagem. Os cabelos brancos surgem e o medo que as leis Lobistas mudem, os muros sombrios cresçam, Suleiman H, nota a volta de “mustafá” Luciano em retomada a liderança do primogênito; Suleiman H, ver, um trono em carnificina, e como em navio que afunda quem primeiro pula são os gabirus, nestes tudo acena, para escombros, e loucos, em demoras exagerada em alcançar o Trono. Isso por que, as casas são para ser distribuídas com os pobres por quê? Vai nos domínios dos vereadores, atenção justiça eleitoral a compra de voto à vista depois não diga que não foi avisada.

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